miércoles, 5 de noviembre de 2014

MOV.FAM.CRISTIANOdBRASIL. Editorial de su Pte. HELIO AMORIM. Otra visión.

EDITORIAL
O Sínodo foi o primeiro passo
Terminou em Roma, neste outubro, o Sínodo Extraordinário sobre a Família, convocado pelo papa Francisco. Este importante evento reuniu 200 bispos do mundo inteiro durante duas semanas. Um documento base foi enviado a todos, com antecedência necessária para a preparação de mentes e espíritos para o debate corajoso no Vaticano.

Esse documento resultou de uma ampla e inédita consulta às bases, especialmente aos leigos de todos os continentes, sobre os desafios à Igreja, dentre os quais os novos perfis de família no mundo moderno. O tema será retomado no Sínodo Ordinário de 2015.
Há muitos problemas no campo da família na vida da igreja, destacados no documento de consulta. Transcrevemos apenas um parágrafo do documento:
"Hoje perfilam-se problemáticas até há poucos anos inéditas, desde a difusão dos casais de fato, que não acedem ao matrimônio e, às vezes, excluem esta própria ideia, até as uniões entre pessoas do mesmo sexo, às quais não raramente é permitida a adoção de filhos.
Entre as numerosas novas situações que exigem a atenção e o compromisso pastoral da Igreja, será suficiente recordar: os matrimônios mistos ou interreligiosos; a família monoparental; a poligamia; os matrimônios combinados, com a consequente problemática do dote, por vezes entendido como preço de compra da mulher; o sistema das castas; a cultura do não comprometimento e da presumível instabilidade do vínculo; as formas de feminismo hostis à Igreja; os fenômenos migratórios e a reformulação da própria ideia de família; o pluralismo relativista na noção de matrimônio; a influência dos meios de comunicação sobre a cultura popular na compreensão do matrimônio e da vida familiar; as tendências de pensamento subjacentes a propostas legislativas que desvalorizam a permanência e a fidelidade do pacto matrimonial; a difusão do fenômeno das mães de substituição ("barriga de aluguel”); e as novas interpretações dos direitos humanos.
Mas, sobretudo, no âmbito mais estritamente eclesial, o enfraquecimento ou abandono da fé na sacramentalidade do matrimônio e no poder terapêutico da penitência sacramental.”
Confirmaram-se no Sínodo as divergências profundas entre os bispos, expostas nas duas semanas do evento. Os leigos devem estar preparados para exercer a sua missão na socialização nada tranquila de novas posturas da Igreja sobre família, matrimônio, sexualidade, união estável de pessoas do mesmo sexo e outros temas quentes, em discussões certamente inflamadas, ao longo do ano, na expectativa da Assembleia dos bispos em 2015 que completará o trabalho iniciado neste Sínodo.

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